sexta-feira, dezembro 30, 2011


Final de ano. Natal. Reveillon. Fim de um período de 365 dias (ou 366, o chamado ano bissexto), mas o que de fato encerra? o que começa? o que devemos repensar e em que não se deve nem pensar? Sinceramente, eu não sei responder, nem pra mim, logo, não posso dar uma receita. Em 2012 eu tirei várias lições, de várias situações nas quais nunca pensei me encontrar, e em outras, eventualmente, nem me encontrei.
Acho que 2011 não foi um ano de segredos, foi sim, um ano de descobertas, a duras penas, um ano de indecisão, onde recurar parecia covardia e se jogar parecia precipitação. Não foi um ano no qual eu consegui descobrir o que eu quero, mas, sem dúvida foi um ano no qual eu descobri o que eu não quero. Metade do já caminho percorrido.
Dei duro e ninguém tem como questionar, e nem eu tenho arrependimentos do trabalho que realizei, estudei, estudei, estudei e renunciei a coisas que antigamente eram prioridades. Antigamente. O tempo se encarrega de mudar as prioridades. Ninguém precisa das mesmas coisas pra sempre. Dormi pouco, li muito, fiz muito exercício físico, melhorei meu inglês, mantive meus cabelos hidratados, fui mais tolerante, mais simpática, fiz caridade e cumpri tantos outros itens da minha lista de metas para 2011. No entanto o que marcou 2011 pra mim, não foi nenhuma das coisas que eu tinha planejado. As melhores coisas eu não planejei, e nem tinha como.
Perdi muita gente, gente que eu não me imaginava sem, aprendi que na hora doi, nos primeiros dias é quase insuportável - sei que pode parecer clichê mas não existe nada melhor do que ocupar a cabeça - mas com o tempo você fica anestesiada, e no máximo sobre apenas um desconforto. Perdi uns e ganhei poucos (e recuperei um dos principais =D) mas como amizade quantitativa em vez de qualitativa é perda de tempo eu estou feliz.
Não adianta dizer que do dia 31 para o dia primeiro eu vou mudar tudo o que eu quero em mim, as verdadeiras mudanças são gradativas, são resultado do "eu" que você constroi todo dia, da sua vivência, de quantas pessoas moram dentro de você e de qual mais fala (só não oprima as outras, certo?), e como segundo Saint-Exupery "As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de de pontes" quero poder me cercar de pontes, quero ampliar meus horizontes. E então, e 2012? ah, 2012: permita-se! permita-se encontrar o melhor "eu" dentro de você. O que te faz bem.

(Bruna Alencar Carvalho)

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